quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sobre meus queridos amigos...

Não sei quando a vontade de usá-los surgiu, talvez tenha nascido comigo, talvez a biologia explique. Possivelmente, ainda, a vontade de usá-los tenha nascido junto com a vontade de ser quem escolhe por onde e como caminhará. A vontade de ser decidida, senhora de si, independente de apoio para seguir, lindamente, o meu roteiro pra qualquer lugar.
Há vários modelos deles. Formas. Cores. Mas todos exigem um equilíbrio que precisa ser gracioso. É quase um dom. Por serem um par, há necessidade de uma sincronia fina entre ambos. Nada muito fácil. Mas, - eu diria, me apropriando da sabedoria popular - que é algo semelhante a andar de bicicleta: Tendo aprendido como se faz, a gente não esquece. E, mesmo, nem poderia.
Eles concedem uma distância significativa do chão, e nem por isso elevam a cabeça ao mundo da lua. Usando-os, observa-se tudo de um outro ângulo, o que decididamente é algo positivo. Em companhia deles, raramente assumirei uma postura de submissa, de aquiescência ao que não me agrada, de Amélia, ou ainda mais precisamente: De alguém que passa despercebida. Podem haver tropeços, admito, o que em nada impede que eu me recomponha memoravelmente e siga com toda a postura com a qual, aliás, eles também me presenteiam. São mais do que uma arma de sedução. Mais do que um truque. São, enfim, o símbolo de muitas características que só as mulheres possuem.

Essa história é deles e é minha.
Somos nós, em estado de graça.
De completude.
De perfeita suficiência...
-

"Uma cumplicidade muda, e tão secreta que,
penso, talvez você nunca tenha percebido."
Como bem diria o meu "querido Caio" sobre outras coisas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei! Descrevestes de forma perfeita e exata a companhia desses caros amigos!

Dalila Cristina disse...

decididamente, eu adorei! ;)

Anônimo disse...

já não sei mais não me apaixonar por tudo...