domingo, 30 de setembro de 2007

Pedido, ao meu caro par perfeito:

Desculpe, por não poder lhe corresponder à altura. Eu, realmente, não posso ser perfeita assim como você é. Desculpe-me também, por não lhe dar o melhor de mim no primeiro instante. Eu não posso me entregar por inteiro sem ao menos saber se você faria o mesmo por mim! E apesar da minha imperfeição, se você ainda for capaz de me amar, eu lhe peço: Não finja me conhecer, (não finja absolutamente nada! eu prometo não fingir também.) não me induza a fazer o que não quero! não diga tudo o que sente assim de cara, demonstre aos poucos, faça jus ao mistério que eu aprendi a admirar. Seja suficientemente sábio pra saber qual é a hora exata de calar, e de me deixar quieta também. Ame muito a mim, e ame também ao meu modo de ser, sentir e olhar. Mas me respeite, ainda mais do que o tamanho do seu amor pelo meu jeito. E por fim, se você deduzir que a sua suposta perfeição é tão inatingível, e me incomoda, deixe-me sem remorso. Eu vivi toda a minha vida sem alguém perfeito ao meu lado.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Crise!

Na noite anterior, havia chorado feito criancinha. Culpa de muitas coisas, entre elas, um pulso torcido que apesar dos pesares, lhe permitia digitar. No momento escrevia com uma faixa na mão, a qual a senhora da farmácia nominou atadura. Pouco importava. Não havia atadura que melhorasse: a briga com o amigo, da qual ela já houvera, em partes, se arrependido! Ou então as conseqüências diversificadas do período pré-menstrual que a cada mês dava conta de se fazer mais presente...
No íntimo de seu profundo 'eu', Morgause sabia bem que houvera chorado eram por motivos outros, dos quais não se arriscaria confessar a ninguém, ninguém mesmo. Porque durona que gostaria de ser por dentro mais do que por fora, e não o contrário, mesmo quando chora não se entrega nas fraquezas que ostenta, não se trai, e não trai as palavras que outrora houvera dito com tanta certeza e até certa arrogância. Por dentro sentia algo estranho, como alguém que afasta e repele o que de bom se aproxima. Um misto de carência afetiva que ela inventara a tanto tempo, com coisas que ela não conseguia exprimir. E, por fora, um olho pequeno de tantas lágrimas derramadas, mas com um sorriso de felicidade e animação forçada que já condenei em outras pessoas que não fossem ela. Mas a semana continua, e não pára. E este, finda-se assim, com redundância em linha tênue à pressa.