terça-feira, 27 de abril de 2010

"A paz que eu não quero..."

Deixei para pensar sobre tudo naquele último dia. Eu costumava deixar coisas para o último dia. Era uma forma de adiar o inadiável... De sobreviver à tensão... Mas agora não era mais possível esquecer... Eu precisava de sorte. Porque sorte era sinônimo de consolo e eu jamais diria que precisava de algo do gênero do consolo. Então, eu precisava de sorte. Dizer isto não ocasionaria explicação dos meus motivos, e, portanto, não aplicariam a mim a máxima que eu mesma criei: "Quando mais da metade das pessoas que você conhece reprovaria o que você está fazendo, provavelmente você não deve fazer isto." Curioso isto de inventar máximas para me recriminar... Mas voltemos à sorte. E aos rituais que eu criei pra ter sorte. Não eram mais coisas da ordem de prometer três pulos à São Longuinho, nem ficar online e offline com rapidez pra que o aviso aparecesse. E eu lembro de um tempo onde eu gostava dos avisos que apareciam. Eu precisava de uma sorte um pouco mais objetiva, dessa vez. E ela não vinha.

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