sexta-feira, 30 de abril de 2010

Direto do fim

Já percebeu que em todo final de capítulo de seriado (ao menos, dos românticos e adolescentes) geralmente a protagonista consegue detectar, talvez pra que a gente não fique perdido, qual é a moral daquela história toda? Vai fazendo reflexões tendenciosas, palavras com tom de soberania. Deve ser o que a gente pode desconsiderar, e o que deve levar consigo para a compreensão dos capítulos seguintes. Geralmente não há personagens, eles não dizem nada nessa hora. É só uma voz que parece vir de dentro e avaliar os fatos. Ontem, na minha volta pra casa, eu tentava escrever mentalmente as palavras do fim do episódio 29 de abril do meu seriado particular. Não consegui definir o quê daquilo deveria ser descartado. E, principalmente, não consegui desvendar a resposta final daquele enigma: Mas, por que determinadas coisas acontecem fora de seu tempo? E não venha me responder que é porque tinha que ser assim, que eu sou um pouco mais inconformada do que isso.
Vou emprestar umas palavras, não sei nem de quem, para que, sem qualquer pretensão de ser uma resposta, se possa compreender coisas incompreensíveis...

"Eu não te entendo. E adoro isso, assim como adoro o jeito como você faz com que eu mesma não me entenda. Eu não entendo nada das suas coisas favoritas e você também não entende das minhas - o que é engraçado, uma vez que você está entre elas. Tem também aquelas coisas que gosto em você mesmo sem entender o porquê e as outras tantas que detesto, mas das quais eu sinto falta quando você não está por perto. No fundo, eu não entendo a maneira que você faz com que eu me sinta."

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