segunda-feira, 18 de outubro de 2010

João, Maria e Martha

Minha vida amorosa tá bem pra história de João e Maria: Sair sozinha procurando sabe-se lá o que, se perder na floresta, procurar as migalhas deixadas pra voltar. Infeliz de uma passarinha, comeu. Enxergar no bruxo do abrigo feito de doçuras uma esperança razoável. Continuar, pois, aprisionada. Contudo, se engana quem pensa que o felizes para sempre é a última página.

Então ela desfez-se da arrogância: “Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história. Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui."
Martha Medeiros



(...) Se despediu brevemente, evasivo.
Foi quando fechei os olhos e meu coração sorriu: Ele, é claro, também sentia.

Nenhum comentário: