segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ler Ovelhas Negras, gostar de Caio Fernando e ter uma vida em Passo.

A boa vida de significado literal que tenho, nada tem a ver com quem se preocupa comigo. Embora deveria, já que muito tentam cuidar dela ou para que se torne melhor, ou para que se torne pior, ou por pura desocupação. Caio (verbo, não pessoa) raramente no lugar-comum de dizer que se os conselhos fossem bons, eram vendidos. Gosto: Da vida que levo. Das escolhas que faço. Do tempo que gasto com coisas tão pequenas que talvez nem façam diferença.
Das pessoas as quais me aproximei com o tempo (ainda que não precisasse haver parágrafo, já que gosto delas também), invariavelmente todas meteram suas opiniões nos meus dias e especialmente nas minhas decisões. O que, mais do que incômodo, me conduz à conclusão de que em uma cidade maior isso não ocorreria. São as cidades pequenas que fazem as pessoas se importarem com outras vidas que não as suas. Ainda há de se considerar a hipótese mais provável: De que a intimidade, - essa pantera! - é que faz com que sintam-se todos no direito de deixar suas pegadas no caminho de quem quer andar por rumos não antes percorridos. Nada sutil, nada sublime, nada discreta, confesso: Quero aprender a não opinar na vida de quem não me pede opinião, quero não ter de ir para uma metrópole para que isso aconteça. Quero ouvir mais do que falar. Amigos, inimigos, desconhecidos... Preciso de bons exemplos! Se importem menos com coisas que não lhe dizem respeito.

“Os românticos e sonhadores, esses que imaginam vidas vagamente inglesas, de paixões contidas, silêncios demorados e gestos escassos mas repletos de significados, preferem a estrada do leste.” (CaioF.)

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