domingo, 4 de novembro de 2012

Mórbida


Breve, curta e mordaz. Tanto quanto um beijo, capaz de conter uma parcela dos lábios de um entre os dentes do outro, preciso tomar banho, mas vou esperar a trovoada passar. Concluí bem rápido, antes de decidir que escreveria a respeito, que minha aparência, aqui, está muito próxima do que ando sendo. Isso porque não cabe uma descrição literata ou erudita, embora doa admitir. Estou confusamente frágil, na iminência de uma síncope.
Fecho os olhos e refaço mentalmente, em ordem tão cronológica quanto possível, a ordem dos fatos do feriado todo. Isso porque, por mais mórbida que seja uma história, ela merece ser tão esmiuçada quanto possível na busca de um sentido.
E em cada passo, em cada um dos cinco segundos parada na frente daquela escadaria, em cada fragmento de realidade, em cada gole, em cada espera vã: Eu vejo extremos. Só buscas e negações. Preocupação. Excesso.
A vida, cáustica, anda me atordoando. Mas depois de um exagero sempre vem o melhor de mim... Espero.

Um comentário:

Anônimo disse...

As vezes o atordoar da vida nos deixa exagerados.
O feriado... é matéria do que pensar. Sim!

Alegria garota, amanhã é segunda!