sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ele não está tão a fim de você

O título aí em cima, de um filme datado de 2009, resume a história. É claro que eu e você não somos Ben Affleck e Jennifer Aniston, por motivos práticos: eu e você não somos nada hollywoodianos. E eu também não sou a Scarlett Johansson, que atua no filme, já que eu realmente não tenho vocação pra gostosona, e já que se eu tivesse, o título a que me refiro certamente não faria sentido.
Então nosso elenco é mais modesto, e eu nem saberia dizer o nome de todas as personagens que já fazem parte dessa história. Ou que ainda virão. Mas é nesse enredo meio mal feito que você surge. De início, só às quintas-feiras à noite, depois aos finais de semana, em seguida ao meio-dia pra dizer que estou atrasada pro trabalho, e no fim pra adormecer antes de responder objetivamente a minha tentativa frustrada de facilitar as coisas sem te entregar o jogo. 
Falando em jogo, tem também a parte que você não dá a mínima pra eu ser uma garota que gosta de futebol, reforçando a minha obrigação de saber um pouco de todas as coisas, assim, in natura, pra me tornar um pouco interessante. 
O nosso filme tem você dizendo que "se empolgou" menos de um minuto depois de dizer que me quer, deixando o interesse velado ou, mais provavelmente, retirando-o de cena. E há a cena em que você usa terno e gravata. Mas essa eu prefiro nem comentar.
Ah, o filme. Já ia esquecendo. É a história de uma garota que espera uma ligação no outro dia - e o mocinho não liga. Não porque é mau, não porque tem alguém que o espera, não exatamente porque tem gente mais interessante na jogada, não propriamente porque quando as mocinhas demonstram interesse os meninos desencantam. Não porque ele é ocupado demais como faz parecer, nem especificamente por nada que se possa descobrir. 

Apenas porque ele não está assim tão a fim da protagonista, não importa muito o que ela faça. 

O final da comédia romântica - que agora empresta seu próprio título pra mais alguns parágrafos coesos e concisos, mas muito desnecessários - tem mocinho e mocinha se beijando. Final feliz!
Exatamente como devem ser as comédias românticas.
E se além das telonas não há final (pois há bem mais que cento e vinte minutos de história), não havendo possibilidade de este mocinho e esta mocinha ficarem juntos nenhuma vez... bom... ainda assim, as mocinhas podem descobrir, em dado momento, que sempre haverá outros risos. E outros enredos. E muitas outras pessoas.
Exatamente como devem ser as mocinhas da vida real.


Esse texto deixou de fazer sentido às 12h20min.
Mas achei que seria uma pena excluí-lo.

2 comentários:

Anônimo disse...

O amor não é para covardes e nem sempre é fácil.
Leia e comente:
"Eramos mais que so Dois de Tamaracae"
indicação:18anos
procure no google

Godo- O Viajante do Futuro disse...

Acredito, a cada postagem você conta algum evento que aconteceu ou acontece na sua vida. O seu modo de organizar e selecionar palavras é convidativo, quem lê, continua lendo, isso é bacana, mas é muita treva na semântica - heheheheheh - como você mesma disse: ninguém entende, é , eu também não, ainda mais que a conheço pouco, bastante pouco. Abraços!