terça-feira, 18 de setembro de 2007

Crise!

Na noite anterior, havia chorado feito criancinha. Culpa de muitas coisas, entre elas, um pulso torcido que apesar dos pesares, lhe permitia digitar. No momento escrevia com uma faixa na mão, a qual a senhora da farmácia nominou atadura. Pouco importava. Não havia atadura que melhorasse: a briga com o amigo, da qual ela já houvera, em partes, se arrependido! Ou então as conseqüências diversificadas do período pré-menstrual que a cada mês dava conta de se fazer mais presente...
No íntimo de seu profundo 'eu', Morgause sabia bem que houvera chorado eram por motivos outros, dos quais não se arriscaria confessar a ninguém, ninguém mesmo. Porque durona que gostaria de ser por dentro mais do que por fora, e não o contrário, mesmo quando chora não se entrega nas fraquezas que ostenta, não se trai, e não trai as palavras que outrora houvera dito com tanta certeza e até certa arrogância. Por dentro sentia algo estranho, como alguém que afasta e repele o que de bom se aproxima. Um misto de carência afetiva que ela inventara a tanto tempo, com coisas que ela não conseguia exprimir. E, por fora, um olho pequeno de tantas lágrimas derramadas, mas com um sorriso de felicidade e animação forçada que já condenei em outras pessoas que não fossem ela. Mas a semana continua, e não pára. E este, finda-se assim, com redundância em linha tênue à pressa.

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