A princesa
no alto da torre
Penteava os cabelos
Enfrentando a um grande
Espelho
Enquant… Oh!
espera.
Ser salva!? Por
Alguém que
Arrombe a porta
Afoito e forte
Aos pontapés e lhe
Alcance
enfim mas só
Após subir
quase ao nível de
Platibanda!?
Penteava os cabelos curtos, na altura dos ombros, como
Para estimular que crescessem
e lhe desembaraçassem
a fuga
e então um dia,
Como em outra estória famosa,
Finalmente
Lançá-los-ia
Trançados
Pela janela pequena
Para fazê-los de escad…
Até que ouviu seu nome:
— Narcisa! — Narcisa!
Umas seis vezes seguidas.
Foi o tempo de um espanto,
e de novo: — Narcisa!
Alguém lhe chama
pelo nome
pela janela ao
pé da torre e não se ouvem
passos.
“Como assim, quer que eu desça!?
E os perigos de ser tão
acessível e
aberta
na travessia
o Corredor-reflexo
dando pra ver
até o caroço
do medo
da queda
mais um tanto
de medo
de ir ao raso
e lá ficar
Não era alguém que subiria
me salvar!?”
E ouve outra vez
— Narcisa!
E além do mais
Como abrirá a porta
com esta chave qu…
espera.
Estava
Espetada
na fechadura
do lado de dentro
Esse tempo todo!?
Toma
coragem e
caminha
Flexionando os
calcanhares
Degraus abaixo,
Em direção
Ao nível mais elementar e
Ao longe
Ouve ecoar:
— Narcis… Aaaaah!
‘té me dói o quadril
de tanto correr
pra chegar!
O Príncipe lhe diz, e apressa:
— Desce, princesa atrasada
Espero há cinco e nem
um minuto mais
Se te ocorre mesmo ser salva,
Desce ligeira daí
e experimenta
Ser finalmente feliz
Aqui,
Realizando um
plano horizontal
Onde nos
perderemos
Outras centenas de
vezes de
vista e mesmo assim
voltaremos ao
Encontro
Se formos mais
a nossa procura
E ao espelho
menos,
Narcisa.