Do tempo que havia um silêncio grudado na boca pra falar de amor. Que eu fazia de conta que não soubesse que dá pra sentir saudade já na presença, e teimava em não sucumbir de idolatria no nosso jeito (sem par, de tão junto, desde o início). Que eu fingia não enxergar o perdão inteiro que se anunciou no reencontro, eu que tive sempre ótima memória. E de nada, nada, nada me valia sem teu traço firme e teu riso largo pra vir à lembrança.
Que dizer agora, que a palavra é fluida? Que o tempo, o desejo, essa mágica - tudo cabe - me mudaram. Mudei eu, e me declaro. Confesso o amor e os pecados sem medo. Visto a camisa. E publico a minha confiança no que sou, és e seremos. Caminha comigo? Vamos juntos. Eu me digo e te bendigo. Faço prece: gasta a pressa com o resto da vida e demora em mim.