quinta-feira, 10 de junho de 2010

O segundo ossinho

E porque as mazelas conhecidas às vezes não são suficientes... E porque não me contento em reclamar de coisas comuns, ou sofrer de doenças curáveis...
Tô com dor no segundo ossinho.
Segundo ossinho nem de longe é o termo correto para a região mas, contudo, é assim que eu chamo, carinhosamente, no alto da minha ignorância em anatomia, (e do meu gosto excessivo por vírgulas,) a área abaixo da nuca que arde sempre que deixo muitas coisas acumularem... Quando eu me canso de tanto tentar fazê-las bem feitas, às voltas com vésperas e prazos finais...
Não há remédio: O jeito é estralar três vezes o pescoço, tentando encostar as orelhas nos ombros e o queixo no peito, girando, e por ventura, nesse período, rezar algo curto pra que na próxima ocasião eu lembre de distribuir o tempo, as energias, disposições e pensamentos como é e para o que é apropriado. Enquanto não, me dói.
Imenso, gritante...
O infeliz do segundo ossinho.
Acho mesmo, pra ser mais poética do que realista, que minhas vontades de todas as coisas moram ali. E imploram, doídas como estão há dias, por libertar-se...

Um comentário:

Anônimo disse...

massagem com beijos, com desejo e circunstância. é cura certa, mas pode viciar...