sábado, 3 de abril de 2010

Para que o momento não se perca

É como se aquele desenho que o carteiro trouxe - em um dezembro - guardasse minha reação alegre ao recebê-lo, como se o papel de chocolate carregasse consigo o doce do beijo que ganhei naquele momento, como se as pétalas de rosa, secas, ainda pudessem perfumar a casa inteira como no dia em que elas eram recém trazidas.
São detalhes semelhantes a fotografias. E apesar de não poder voltar no tempo, sinto presente quando os observo. Meus dias estão mesmo repletos de lembranças. São detalhes semelhantes a livros, que outrora vividos/lidos com muita voracidade, nos permitem sensações novas quando os relembramos/relemos com aquele quê de nostalgia.
Cartas, bilhetes, desenhos, papéis, embrulhos, roupas. São história. São o valor sentimental contido, que penso ser exatamente isso: O sentimento, intrínseco, em pequenos objetos que se transformam em marcos importantes só para dois.

2 comentários:

Anônimo disse...

Para dois, um C e um T. Feliz sou eu porque tenho você.

Viva la Vida disse...

Adorei a analogia e o contexto todo e de certa forma também compartilho de sua, acredito, opinão, mas de uma forma um pouco diferente...